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Marielle Franco Presente

samedi 28 avril 2018, par Bureau SNES-FSU Guadeloupe

Aos 38 anos, a Marielle Franco foi executada com 4 balas na cabeça na quarta feira 14 de Março de 2018 no Rio de Janeiro.
O motorista dela, Anderson Pedro Gomes, também foi assassinado.

O SNES-FSU Guadalupe dá os seus mais sinceros pêsames à família, às amigas e aos amigos, assim como aos parentes da Marielle Franco e do Anderson Pedro Gomes.

Oriunda da favela de Mare, a Marielle Franco tivera a coragem de empenhar-se na política, de reivindicar a sua afro-ascendência e o racismo de que sofria, de lutar pelo feminismo, de afirmar a sua homossexualidade, de denunciar as violências policiais para com os habitantes das favelas.
Todos esses combates progressistas faziam dela um alvo para a extrema direita brasileira e o poder personificado pelo presidente não eleito Michel Temer.

Quando foi executada, a Marielle Franco saía de uma reunião sobre a discriminação das mulheres negras. Alguns dias antes, denunciava as exacções cometidas pela polícia militar, que participa, ela própria, nos tráficos de drogas e nas extorsões. As balas que serviram para matar a Marielle Franco provinham dos armazéns da polícia federal. Eles sentem-se intocáveis : se podem matar uma mulher eleita, uma –œfanm doubout– , então podem eliminar cada pessoa cujo combate essa mulher levava para frente. É mesmo um assassinato político cujo objectivo é mandar calar as figuras progressistas tal como foi o caso para Gandhi, Martin Luther King, André Aliker ou Dulcie September.

O SNES-FSU Guadalupe exprime publicamente a sua tristeza e a sua solidariedade para com o povo brasileiro, num contexto social muito preocupante no qual as violências policiais, particularmente contra as populações mais discriminadas, estão em aumento constante.

Ao contrário do que os comanditários deste crime desejaram, os combates da Marielle Franco encontraram um novo eco no mundo inteiro. O SNES-FSU Guadalupe será uma dessas vozes.

Em nome dos direitos humanos, chamamos vivamente a atenção das autoridades francesas e guadalupeenses sobre a gravidade da situação no Brasil para que elas ajam em consequência e tragam respostas concretas.

Tal como o fez Amnesty International, o SNES-FSU Guadalupe pede às autoridades brasileiras que iniciem sem demora uma investigação aprofundada, imparcial e independente que permita identificar não só os atiradores, mas também as pessoas que comanditaram o assassinato.

Marielle Franco Vive